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A violência no campo
No Mato Grosso do Sul, a “violência rural” só se inicia quando uma propriedade é invadida.
A violência começa com a própria invasão, quebra portões, abate gado e outros animais domésticos, roubo de milho, máquinas atingindo freqüentemente a própria residência do proprietário e empregados.
Os proprietários, embora com o direito de retornar uma violência com outra de igual força, em geral não o fazem.
A violência é, pois de origem unilateral, dos invasores e assim permanece. Eles fazem isso porque sentem as costas quentes. Pela omissão de autoridades, às vezes de alto escalão.
Saem após receber presentes e prêmios para “desocupar”; recebem cestas básicas, lonas pretas, cobertores, dinheiro “para comprar remédios” e finalmente transporte. Saem da propriedade alheia e acampam no corredor de acesso da mesma ou em rodovia próxima. Nunca lhes é exigido que voltem de onde vieram.
É corrente hoje a informação que a maioria deles vem de assentamentos onde o próprio INCRA os colocou. Muitos são pequenos comerciantes e prestadores de serviços nas cidades próximas. Também de que muitos são foragidos da justiça ou desocupados. A percentagem de barracos com gente é pequena.
Fica a impressão nítida que certos escalões de Governo consideram construtivo para o bem público dar costas quentes a esses invasores.
Os fazendeiros tem até agora apelado para as autoridades constituídas: judiciais, legislativas e policiais.
Os juizes despacham prontamente as reintegrações de posse, se o pedido for correto.
Os políticos dizem que vão ajudar!
As autoridades policiais, atendem algumas ordens judiciais já em geral, com grande atraso e alegam numerosas razões para não cumprirem o mandato judicial.
Ordens superiores dizem, são do Secretário e até mencionam o Governador. Ultimamente alegam que a decisão está com a “Comissão de Conflito” recém criada.
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