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Os Assentamentos Rurais e o Brasil Potência
Desde a década de 80, num esforço para melhorar a situação de vida de contingentes de pessoas carentes e de indígenas, a sociedade brasileira montou e fez funcionar assentamentos rurais (reforma agrária), terras para indígenas e também quilombolas.
O país sempre possuiu um grande numero de pequenos proprietários rurais. A chamada reforma agrária aumentou, o numero de pessoas e famílias ocupando pequenas áreas no intuito de viver da produção da terra. Poucos têm sucesso.
Muitos abandonaram ou venderam seus lotes. Os que ficaram obtém financiamentos sem qualquer preparo técnico, cultivam pequenas plantações, criam bovinos, aves, suínos em pequena escala.
No mundo inteiro tradicionalmente os grãos eram produzidos em grande escala somente nos climas temperados como: Ásia, Europa, América do Norte, Argentina.
Na década de 70, os gaúchos plantaram soja, gostaram e com o apoio da Embrapa, expandiram a cultura para os cerrados (sub-trópico) e recentemente para a Amazônia já nos trópicos. Nos anos 90, com a técnica de plantio direto, foi introduzido o milho safrinha que é hoje uma importante segunda safra em grande parte do Brasil.
Essa bem sucedida introdução da lavoura de grãos nos trópicos e sub-trópicos foi provavelmente à mudança geoeconomica mais importante do século Vinte.
O Brasil dispõe da maior área cultivável do planeta, a terra é boa, possui topografia e climas favoráveis, água abundante e grande número de agricultores capacitados.
Rapidamente, o País se tornou grande exportador de produtos alimenares em especial soja, milho e carnes: aves, suínos e bovinos.
Passamos a constituir uma ameaça para o comercio dos Europeus e dos Americanos, que dominavam esse mercado. Eles não só subvencionavam a produção como complementavam para o agricultor, para compensar o baixo preço internacional.
Além disso, passaram a fazer numerosas exigências “sanitárias”, sob a alegação exagerada de necessidade para a segurança alimentar de suas populações.
Ultimamente acrescentaram as exigências ambientais bem como de condições de conforto para os trabalhadores.
É muito difícil para os órgãos do governo montar medidas sanitárias e realizar uma fiscalização eficiente nessas milhares de pequenas operações nos assentamentos de reforma agrária.
Nos assentamentos indígenas fica ainda mais difícil. Não há produção significativa e mesmo a simples entrada numa reserva necessita uma negociação diplomática complexa, e que nem sempre é bem sucedida.
Este país, chamado Brasil tem tudo para ser uma grande potência. Produtor e exportador de alimentos, minérios, papel e agora produtos do petróleo, e a energia limpa e renovável do etanol.
Reservas Indígenas enormes, assentamentos de sem terra, reservas ecológicas em exagero são instrumentos poderosos para dificultar a produção e evitar que o Brasil se torne uma grande potencia.
Essa perspectiva do Brasil se tornar uma grande potencia está incomodando os atuais países ricos.
É responsabilidade do poder político encontrar o caminho para as transformações necessárias.
Categorias: 2008 | 1 Comentário »
janeiro 27th, 2010 às 15:11
[…] Hélio Coelho […]