Hélio Martins Coelho
  • Palavras chave

  • Petróleo X Tecnologia


    Acaba de ser anunciada a descoberta de um campo gigante de petróleo (óleo leve) na bacia de Santos.

    Chegam notícias de boas perspectivas de ocorrência de petróleo no continente africano. As águas costeiras da África ainda não foram pesquisadas para petróleo.

    Novas tecnologias e preços altos permitem extrair mais óleo de campos “exauridos”!!!

    Só falta a ciência descobrir maneiras de eliminar, na refinação do óleo, os subprodutos indesejáveis para o meio ambiente.

    A luz solar vem fabricando carbono desde a instalação do Universo e continuará faze-lo ad eternum!!! Por vários processos esse carbono vira no petróleo, impropriamente chamado de óleo pedra. Devia ser óleo de planta!!

    Esta aí a resistência dos paises desenvolvidos aos biocombustiveis.

    O brasileiro corre o risco de ser obrigado a “chupar muita cana por muito tempo”, até acabar o petróleo!!!

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    Floresta Mista na “Reserva Legal”


    A lei estabelece que 20% das áreas das propriedades rurais sejam deixadas com a vegetação nativa. Essa reserva vai para 50% e até 80% na Amazônia.

    Nas áreas abertas há muito tempo, caso do Sul, Sudeste e maior parte do Centro-Oeste essas áreas de 20% estão atualmente em lavouras ou pastagens.

    A legislação prescreve que elas sejam restauradas com vegetação nativa. Nessas áreas com lavoura ou capim por muitos anos a vegetação original (mata, cerrado ou capim), dificilmente retornará.

    A legislação permite a implantação de uma floresta mista, com espécies exóticas e nativas.

    O pedido de licença ao órgão ambiental incluirá o Plano de Manejo. Neste plano, as espécies exóticas serão colhidas mais cedo (07 anos para o eucalipto) abrindo mais espaço para as arvores nativas.

    Esse processo é ambientalmente positivo. Ao crescer as arvores absorvem CO2, ajudam na retenção da água e oferecem abrigo à fauna.

    A coleta das folhas, galhos e depois troncos das espécies exóticas trazem renda ao proprietário. A floresta continuara crescendo e acumulando material lenhoso, que manejado trará mais beneficio econômico.

    Com a escassez progressiva da vegetação nativa, acentua-se a necessidade de formar florestas. Isso pode ser feito com proveito também nas áreas de Reserva Legal.

    Sugiro para reconstituição das áreas de reserva legal degradadas pelo cultivo de grãos ou capim – um grande programa de Formação de Florestas Mistas com plano de manejo para utilização econômica, com preservação da cobertura florística adequada. Estarão criadas as condições positivas para um ambiente muito favorável para a vida animal e beneficio humano!!

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    Avanços Tecnológicos e Mudanças Éticas


    Onze mil anos antes de Cristo os homens domesticaram as plantas e os animais. Até então os humanos eram coletores e caçadores, para isso perambulavam continuamente. Guerreavam com as tribos que encontravam. A tribo perdedora era exterminada.

    Domestificação das plantas e animais joio: Advento da agricultura. Permitiu a fixação das tribos em determinados locais. A exigência de trabalhos na lavoura trouxe a grande mudança ética: que foi a escravização das populações vencidas. Em vez da guerra de extermínio veio a escravatura. Essa foi a primeira grande mudança ética!

    A permanência das populações no mesmo local trouxe a construção das moradias, o trabalho com madeira e depois com metais.

    Revolução Industrial: O próximo grande passo tecnológico foi à Revolução Industrial no século dezoito. Ela trouxe o aproveitamento de mão de obra dos servos, que realmente viviam nos feudos em semi-escravidão.

    Foram aproveitados na Industria, já agora com salários.

    A industria requeria organização dos trabalhadores em grandes números. Eles absorveram conhecimentos e se organizaram, obtendo melhores remunerações e com o tempo melhores condições de trabalho. Os trabalhadores tornaram-se consumidores e compradores dos produtos da Industria.

    Surgiu o movimento para libertação dos escravos – o que ocorreu lentamente por cerca de dois séculos.

    Revolução da Informática: A segunda metade do século vinte trouxe o grande devolvimento das comunicações e da informática computadorizada.

    A Mulher adquire novas funções: no século vinte a maioria das mulheres entraram para o mercado de trabalho. Essa nova atribuição da mulher desencadeou grandes modificações na sociedade humana. Começa pelo sistema educacional, onde a mulher está até ultrapassando em numero os homens. A mulher assume funções no trabalho, fora de casa. Sua presença e atenção a casa e a família esta sofrendo grandes alterações. Muda tudo no relacionamento com os filhos, maridos ou companheiros. Esse processo de mudança é complexo e desencadeia stress e força mudanças de comportamento.

    Essa é a mudança ética mais importante que acompanha a Revolução da Informática!!

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    Os Assentamentos Rurais e o Brasil Potência


    Desde a década de 80, num esforço para melhorar a situação de vida de contingentes de pessoas carentes e de indígenas, a sociedade brasileira montou e fez funcionar assentamentos rurais (reforma agrária), terras para indígenas e também quilombolas.

    O país sempre possuiu um grande numero de pequenos proprietários rurais. A chamada reforma agrária aumentou, o numero de pessoas e famílias ocupando pequenas áreas no intuito de viver da produção da terra. Poucos têm sucesso.

    Muitos abandonaram ou venderam seus lotes. Os que ficaram obtém financiamentos sem qualquer preparo técnico, cultivam pequenas plantações, criam bovinos, aves, suínos em pequena escala.

    No mundo inteiro tradicionalmente os grãos eram produzidos em grande escala somente nos climas temperados como: Ásia, Europa, América do Norte, Argentina.

    Na década de 70, os gaúchos plantaram soja, gostaram e com o apoio da Embrapa, expandiram a cultura para os cerrados (sub-trópico) e recentemente para a Amazônia já nos trópicos. Nos anos 90, com a técnica de plantio direto, foi introduzido o milho safrinha que é hoje uma importante segunda safra em grande parte do Brasil.

    Essa bem sucedida introdução da lavoura de grãos nos trópicos e sub-trópicos foi provavelmente à mudança geoeconomica mais importante do século Vinte.

    O Brasil dispõe da maior área cultivável do planeta, a terra é boa, possui topografia e climas favoráveis, água abundante e grande número de agricultores capacitados.

    Rapidamente, o País se tornou grande exportador de produtos alimenares em especial soja, milho e carnes: aves, suínos e bovinos.

    Passamos a constituir uma ameaça para o comercio dos Europeus e dos Americanos, que dominavam esse mercado. Eles não só subvencionavam a produção como complementavam para o agricultor, para compensar o baixo preço internacional.

    Além disso, passaram a fazer numerosas exigências “sanitárias”, sob a alegação exagerada de necessidade para a segurança alimentar de suas populações.

    Ultimamente acrescentaram as exigências ambientais bem como de condições de conforto para os trabalhadores.

    É muito difícil para os órgãos do governo montar medidas sanitárias e realizar uma fiscalização eficiente nessas milhares de pequenas operações nos assentamentos de reforma agrária.

    Nos assentamentos indígenas fica ainda mais difícil. Não há produção significativa e mesmo a simples entrada numa reserva necessita uma negociação diplomática complexa, e que nem sempre é bem sucedida.

    Este país, chamado Brasil tem tudo para ser uma grande potência. Produtor e exportador de alimentos, minérios, papel e agora produtos do petróleo, e a energia limpa e renovável do etanol.

    Reservas Indígenas enormes, assentamentos de sem terra, reservas ecológicas em exagero são instrumentos poderosos para dificultar a produção e evitar que o Brasil se torne uma grande potencia.

    Essa perspectiva do Brasil se tornar uma grande potencia está incomodando os atuais países ricos.

    É responsabilidade do poder político encontrar o caminho para as transformações necessárias.

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    Integração do Índio à Cidadania Nacional


    Considerando os resultados modestos – que os órgãos governamentais vêm obtendo na melhoria de vida nas reservas indígenas, e a ameaça de demarcação de mais reservas, sugiro trabalharmos a favor a mudança da política indigenista atual voltando ao ideário do Marechal Rondon para a Integração do Indígena a Comunidade Nacional.

    O assunto é complexo, menciono algumas medidas, como contribuição para achar o caminho adequado:

    1- Educação básica e educação técnica em escolas localizadas nas vilas, povoados e cidades próximas às aldeias e reservas, junto com os outros brasileiros, brancos, negros e de outras cores!!

    2- Treinamento para o trabalho, iniciando pela colocação dos indigenista nas 200 escolas técnicas que o Presidente Lula mandou instalar. Recolher os indígenas nos variados programas de treinamento existentes.

    3- Montar serviço de colocação de indígenas em empregos nas indústrias, fazendas, comércio, etc.

    4- Um ponto é capital: O indígena deve freqüentar essas fontes de aprendizado junto com os outros brasileiros: brancos, negros, amarelos ou outros. Do convívio surgirão às oportunidades de convivência social que é um facilitador da Integração do Indígena.

    Nós, cidadãos de outras cores não temos nada contra os Índios. O que pleiteamos é a introdução deles, agora confinados em reservas, no resto da comunidade como brasileiros que são.

    5- Rever a legislação para levar esses brasileiros a alcançar os mesmos direitos e obrigações como o restante dos cidadãos.

    6- Um exame dos resultados da atividade do governo mostra claramente que eles são nulos em relação à melhoria de vida dos Indígenas. Pelo contrario estão criando um circulo vicioso perverso: reserva, mais terra, isolamento das populações que passam a ser atendidas com bolsas alimentação, cuidados médicos, algumas escolas, etc. As cestas alimentícias freqüentemente viram aguardente.

    Não se observam atividades produtivas significantes nas reservas indígenas: Consomem muito álcool, cometem suicídios, fabricam crianças nas mulheres adolescentes, arrendam as terras para terceiros, etc.

    7- Evidentemente, grandes dificuldades são encontradas para melhorar a vida dos silvícolas. Sucessivos governos, grandes dispêndios e muita terra para reservas já foram desperdiçados!!!

    A Política de preservar a cultura indígena, com medidas que levam ao isolamento das respectivas populações já vem sendo aplicada por mais de 30 anos. Não há condições e nem poder que possa levar os índios a viverem como em 1.500!!!

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    “O MST vai mandar no Brasil”


    Quando chegarem a dois milhões no Brasil (diz fazendeiro assustado)

    Em seis anos Rainha será candidato a Presidente da República.
    Lá fora (no estrangeiro) todo mundo apóia os sem terra.
    Tem 600 milhões depositados em bancos.

    Os camelôs de rua são todos cadastrados como sem terra. Não têm nada a perder e não tem endereço comercial.

    Os sem terra em Itaquirai – Invadem fazendas, cercam veículos na estrada, exigem dinheiro e só passa quem paga.

    Roubam arroz, frango e óleo de caminhões de carga.
    Invadem sede do INCRA, invadem agencias do Banco do Brasil.


    O GOVERNO RESPONDE :

    Cadastra
    Dá cesta básica
    Assenta
    Dá 7.000,00 para fazer casa
    Dá um “custeio mensal”

    Declarou uma autoridade do Ibama: – Se fazer como esta no papel, a Reforma Agraria demora 30 anos.

    – Se fazer com o MST vem fazendo, faz rapidinho.

    Em Itaquirai a pouco tempo o Incra “desceu lá” e deu R$ 700,00 para cada um.

    “ Baixaram na cidade e compraram tudo ”. Foi uma festa !!

    Obs.: Ao MNP – Sugiro prepara um documento interno – com as melhores informações para circular entre nós

    – Há necessidade de montar um movimento realmente eficiente para evitar que este país vire uma Índia ou Paquistão – também pobre e não civilizado
    .

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    Renda Rural e Pobreza


    Os preços dos produtos da agricultura que sustentam a economia do Mato Grosso do Sul, estão caindo significativamente.

    Às vezes eles apenas não acompanham os aumentos de custos dos outros bens e serviços. Às vezes, caso do feijão e arroz caem em Real mesmo. O empobrecimento do produtor é catastrófico e facilmente identificável.

    O que muita gente, em especial o poder executivo e também os políticos não estão compreendendo é que o empobrecimento acaba atingindo toda a população. Circula menos dinheiro, arrecadação de impostos não melhora. Quando melhora é porque o executivo conseguiu eliminar vazamentos previamente existentes.

    A queda do preço relativo do feijão, arroz, carne bovina, frango e outros produtos é inevitável. Deriva do aumento de produtividade da agricultura e as vezes da queda de consumo.

    A queda de consumo deriva da mudança de hábitos alimentares, secundária as modificações ocorridas nas famílias. Grande número de donas de casa passaram a trabalhar. Demandam alimentos de preparo fácil e rápido, onde entra o trigo como matéria prima básica.

    Esforços para melhorar os preços desses produtos básicos trazem resultados decepcionantes, considerando os subsídios e barreiras protecionistas nos países do 1º mundo.

    Terras virgens e de boa qualidade foram gastas exauridas. Para produzir com eficiência necessária, correção , adubação e sobretudo competência.

    Informação – Comunicação – Responsabilidades

    As elites, políticas e econômicas tem acesso mais fácil a informação qualificada. Tem pois a responsabilidade de estudar a situação e começar a achar caminhos para amenizá-la ou corrigi-la, se possível.

    A corrupção, os desperdícios tanto em obras e serviços dos governos como dos cidadãos mais bem aquinhoados tem de ser eliminados ou pelo menos amenizados.

    A grande facilidade de difusão da informação, a velocidade dos meios de comunicação atingem diretamente as pessoas e a mente de todos inclusive dos menos favorecidos.

    As mesmas facilidades de comunicação facilitam o aparecimento de movimentos que vão conduzir esses “destituídos” a reagir para conseguir se apossar de mais bens e melhores condições de vida.

    A população vai rapidamente entender que programas como a reforma agrária estão tirando de quem tem, para dar para ninguém.

    Eles certamente, vão procurar e achar outras maneiras de acessar bens, serviços e confortos.

    O aumento do emprego público como foi feito na Argentina e é feito em muitos lugares do Nordeste do Brasil, é medida ilusória e que generaliza o empobrecimento.

    É preciso criar outras soluções, o que passa por Educação, em especial profissionalização. Achar outras atividades econômicas, fazendo circular os bens e a riqueza.

    – Uns ganhando dinheiro dos outros.

    Turismo e exportação são altamente desejáveis. Os dois tem potencial no Estado. Necessário muito trabalho, competência e persistência para alcançar resultados com algum significado.

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    Vigilância “Ambiental” e o Homem


    As leis, decretos, portarias no setor do Meio Ambiente no Brasil são muito numerosos e complexos. Um entendimento adequado delas é difícil até para os técnicos das respectivas áreas.

     Está muito difícil para que essas prescrições legais cheguem aos operadores finais: agricultores, construtores e cidadãos em geral.

     No balanço final, os bons resultados para o meio ambiente e a população não aparecem ou são escassos.

     Necessita-se de um grande esforço de informação, simplificação e até eliminação de algumas normas menos importantes para permitir a operacionalidade efetiva do aspecto positivo da legislação.

     Há interesses e atribuições, numerosos órgãos em todos os níveis:

    – Federal: Ministério, Conama, Ibama.
    – Estadual: Secretarias estaduais, Conselhos, Institutos, Superintendências.
    – Ministério Público Federal e Estadual.

    Alguns representantes desses órgãos públicos, imbuídos de entusiasmo pelo bem estar ambiental, tornam-se muito radicais, chegando a ponto de passar a mensagem de que o homem não deve ser levado em conta em muitas situações, ficando só para os outros seres vivos!! (plantas e bichos)

    Esse conjunto de circunstâncias leva ao status Quo atual: muito movimento, conflitos em todos os níveis – e pífios resultados para o homem e o meio ambiente.

    Precisamos desatar esse nó – para trilharmos um caminho positivo nesse emaranhado de boas intenções!!!

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    Floresta Mista na “Reserva Legal”


    A lei estabelece que 20% das áreas das propriedades rurais sejam deixadas com a vegetação nativa. Essa reserva vai para 50% e até 80% na Amazônia.

     Nas regiões abertas há muito tempo, caso do Sul, Sudeste e maior parte do Centro-Oeste essas áreas de 20% estão atualmente ocupadas por lavouras ou pastagens.

     A legislação prescreve que elas sejam restauradas com vegetação nativa. Nessas áreas com lavoura ou capim por muitos anos a vegetação original (mata, cerrado ou capim), dificilmente retornará.

    A legislação permite a implantação de uma floresta mista, com espécies exóticas e nativas.

     O pedido de licença ao órgão ambiental incluirá o Plano de Manejo. Neste plano, as espécies exóticas serão colhidas mais cedo (07 anos para o eucalipto) abrindo mais espaço para as árvores nativas.

     Esse processo é ambientalmente positivo. Ao crescer as árvores absorvem CO2, ajudam na retenção da água no solo e oferecem abrigo à fauna.

     A coleta das folhas, galhos e depois troncos das espécies exóticas trazem renda ao proprietário. A floresta continuará crescendo e acumulando material lenhoso, que manejado trará mais beneficio econômico.

     Com a escassez progressiva da vegetação nativa, acentua-se a necessidade de formar florestas. Isso pode ser feito com proveito também nas áreas de Reserva Legal.

     Sugiro para reconstituição das áreas de reserva legal degradadas pelo cultivo de grãos ou capim – um grande programa de Formação de Florestas Mistas com plano de manejo para utilização econômica, com preservação da cobertura florística adequada. Assim, estarão criadas as condições positivas para um ambiente muito favorável para a vida animal, gerando também benefício humano!!

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    Pantanal: Bioma das Águas rasas


    vovofigueira

    Hélio Coelho e sua esposa Cynthia na Fazenda San Francisco, em frente a figueira centenária.

    A palavra pantanal significa uma área que recebendo águas das chuvas e das enchentes dos rios fica inundada por vários meses do ano.

    A Fazenda San Francisco situa-se na margem esquerda do Rio Miranda, ao final da Serra da Bodoquena. Recebe águas de enchente dos Rios Miranda e Salobra e água de chuva das encostas da Serra da Bodoquena. Numa enchente normal, cerca de 80% do terreno fica coberto de uma lamina d’água que varia de 0,10m até 1,20m. Apenas nas vazantes a água fica mais profunda, mas não passa de 1,50m.

    Este mássico de águas rasas proporciona um habitat favorável ao desenvolvimento de um rico biota aquático. Organiza-se um bioma complexo que vai desde as algas até grandes mamíferos que também predam os habitantes das águas.

    Águas Rasas

    Pelo calor e penetração fácil dos raios solares as águas rasas são mais ricas em algas e outros nutrientes que alimentam os crustáceos, anelídeos e peixes; estes por sua vez alimentam as aves aquáticas.
    Numa lamina de água mais rasa as aves tem mais facilidade de alcançar e captar seus alimentos preferidos: peixes, minhocas, caramujos e etc.

    Quando as águas estão secando nas lagoas, corixos, e “baias” os peixes ficam tontos pela falta de oxigênio e são facilmente pelos predadores.

    A fazenda San Francisco recebe água de rios relativamente curtos (Miranda e Salobra). Enche cedo, às vezes até numa chuvarada de Outubro – Novembro. Mas a enchente freqüente é em Dezembro – Janeiro, indo até a enchente das chuvas de São José, em Maio.

    Junho e Julho escasseiam as chuvas e quando a seca é grande desaparecem todas as águas exceto a do rio Miranda, que nunca secou.

    A irrigação do arroz é uma segunda enchente

    A estrutura para captação, bombeamento e distribuição de água foi instalada em 1983. Anualmente o plantio dos primeiros campos de arroz ocorre na 2ª quinzena de Julho. No fim de Julho começam os primeiros “banhos” das parcelas para desencadear a germinação. Assim inicia-se uma 2ª fase de águas rasas – para satisfação do bioma local, que vinha sofrendo carência alimentar pela falta de água e nutrientes.

    O plantio e os banhos seguem-se até fim de setembro. Quando as plantas do arroz atingem 15 cm de altura é colocada uma lamina de água de 5 a 10 cm que fica permanente até o arroz “virar o cacho”. Como o plantio é escalonado, a cobertura pelos banhos e pela inundação permanente vai de Julho a Dezembro, constituindo um grande benefício para o bioma da região.


    Os campos de Arroz

    Uma área extensa “coberta” por uma gramínea nutritiva como o arroz vira fonte alimentar para um grande numero de animais. Os pequenos ratos do brejo com suas famílias numerosas cortam o talo do arroz para alcançar a haste, as capivaras, os cervos do pantanal, as antas, são herbívoros que encontram excelentes pastagens no arroz. As sucuris, jibóias, cobras “bocas de sapo” e depois os carnívoros jaguatirica, mão pelada, cachorro do mato, onça parda e onça pintada fazem a festa na bicharada.

    Pecuária Intensiva

    A partir de 1975, na abertura da San Francisco, os terrenos altos foram formadas com capim calonião, providos de cercas e aguadas para ocupação pecuária.

    Na década de noventa, com a intensificação da atividade e montagem do confinamento para a terminação das boiadas, iniciou-se o uso das lavouras de sequeiro: Milho e Sorgo para confecção de silagem. O milho foi descartado por não tolerar os longos períodos de falta de chuva. Passou-se a reforma das pastagens com Sorgo e novas forrageiras com o uso anual de fertilizantes.

    Outra vez o bioma foi enriquecido por capins e grãos, trazendo mais fauna, agora principalmente os papagaios, maritacas, pombas e periquitos.

    Turismo: O bicho homem vem olhar o bicho do mato

    A notícia corre. O rio Miranda sempre foi bom de peixe e seus pantanais ricos em caça. Com as duas enchentes agora existentes o aumento da bicharada foi explosivo. A Fazenda San Francisco tornou-se o mais rico depositário de animais silvestres, no Estado do Mato Grosso do Sul.

    A legislação acabou com a caça. Matar bicho é crime maior que matar homem, não tem legítima defesa. É inafiançável!!!

    O grande número de turistas visitando a Fazenda San Francisco é explicado pela fauna abundante, pela beleza das lavouras irrigadas, pelo verde dos campos de capins adubados e finalmente pela beleza dos pantanais como Deus os criou, e que estão intocados. Cinqüenta e cinco por cento da área total está e seu estado original, ocupada pelo capinzal do mimoso, nos largões, os mássicos de caranda e os capões de vegetação mais densa nos terrenos mais elevados.

    A operação turista foi no início planejada para visitas de um dia (Day use) Tour fotográfico nos pantanais e nas lavouras de arroz em veículo elevado com passeios pelas trilhas elevadas.

    Tour aquático, no Corixo São Domingos, no flutuante de dois andares, com paradas para pescaria de piranhas e alimentação de jacarés.

    Passeios a cavalo, para visita aos ninhos de pássaros, em especial aos ninhos de Arara-Azul. Visita aos rebanhos nas pastagens e no confinamento.

    Farto almoço na cantina pantaneira, ou churrasco ao ar livre.

    Á noite o programa é a focagem noturna em veículos especiais elevados, dotados de fortes focos de luz. A rica fauna noturna é visualizada, cervos, antas, jaguatiricas, mão-peladas, tamanduás e até onça pintada.

    Devido ao interesse de muitos turistas em ficar vários dias foi montada a Pousada Boiadeira, com nove apartamentos, providos de ar condicionado.


    Qualidade Ambiental

    Consideramos o aumento progressivo do número de visitantes um atestado de qualidade ambiental. A rica fauna existente é uma prova de que a atividade pecuária e a irrigação de arroz não prejudicaram a vida selvagem. Temos certeza que essas atividades humanas tornaram a vida animal mais agradável nesse recanto de harmonia e paz entre o homem e a natureza!!


    FAZENDA SAN FRANCISCO:

    Integração natureza, pecuária, arroz irrigado e turismo.

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